
Da música para a natureza: algumas espécies de sapos pelo mundo carregam em seus nomes homenagens a grandes artistas e bandas. Do rock ao choro, da Amazônia a Kerala, cada anfíbio traz na pele e no canto uma história que mistura ciência, cultura e conservação.
1. Brachycephalus darkside

Descrito em 2017 por Guimarães, Luz, Rocha e Feio. Ocorre apenas na Serra do Brigadeiro, em Minas Gerais, Brasil.
Seu nome faz referência à região escura que contrasta com o corpo amarelo-alaranjado, além de homenagear o álbum “The Darkside of the Moon”, do Pink Floyd.
Está classificado como Em Perigo pela IUCN (2021).

2. Dendropsophus manonegra

Descrito em 2013 por Rivera-Correa e Orrico.
É endêmico dos Andes orientais da Colômbia, nos departamentos de Caquetá, Cauca e Putumayo.
O nome, que significa “mão negra” em espanhol, alude à coloração escura das mãos e membranas e também presta tributo à banda Mano Negra.

3. Dendropsophus ozzyi

Foi descrito em 2014 por Orrico, Peloso, Sturaro, Silva, Neckel-Oliveira, Gordo, Faivovich e Haddad.
Vive no Amazonas e no Pará, Brasil.
Foi nomeado em homenagem a Ozzy Osbourne, por seu coaxar extremamente agudo, lembrando morcegos, e também pelo episódio famoso em que o cantor mordeu a cabeça de um morcego durante um show.

4. Dendropsophus stingi

Descrito em 1994 por Kaplan como “Hyla stingi” e transferido para Dendropsophus em 2005 por Faivovich e colaboradores.
É encontrado na vertente oriental da Cordilheira Oriental, nos departamentos de Boyacá e Casanare, Colômbia.
Seu nome homenageia Sting (Gordon Sumners), em reconhecimento a seus esforços na preservação das florestas tropicais.

5. Eleutherodactylus amadeus

Descrito em 1987 por Hedges, Thomas e Franz.
Habita o Massif de la Hotte, na Península de Tiburon, Haiti.
O epíteto amadeus homenageia Wolfgang Amadeus Mozart, já que o espectrograma de seu canto lembra notas musicais.
A IUCN (2020) considera a espécie Criticamente Ameaçada.

6. Ischnocnema penaxavantinho

Descrita em 2007 por Giaretta, Toffoli e Oliveira.
Ocorre em áreas de Cerrado de Minas Gerais e Goiás, Brasil.
Seu nome une “Pena“e “Xavantinho“, irmãos cantores que celebravam em suas músicas a natureza e o modo de vida rural.

7. Mercurana myristicapalustris

Descrita em 2013 por Abraham, Pyron, Ansil, Zachariah e Zachariah.
É endêmica de áreas pantanosas do sopé ocidental da Serra de Agasthyamalai, em Kerala, Índia.
O nome do gênero combina com “Mercury“, em homenagem a Freddie Mercury, com “Rana“, termo latino para rã.
De acordo com a IUCN (2020), está classificada como Em Perigo.

8. Ololygon pixinguinha

Descrita em 2021 por Lacerda, Ferreira, Araujo-Vieira, Zocca e Lourenço.
É conhecida apenas de três localidades no município de Santa Teresa, Espírito Santo, Brasil.
A espécie homenageia Pixinguinha, grande músico do Choro, cuja obra transformava tristeza em alegria.

Fonte: procururu



