
De norte a sul, a Mata Atlântica se estende pelo litoral brasileiro e alcança outros países da América Latina. O dia da Mata Atlântica é o momento para refletir sobre a floresta tropical tão presente em nossas vidas.
Em 21 de setembro de 1999, o dia foi criado por decreto federal. A data escolhida é uma homenagem ao Padre Anchieta. Mais precisamente, o dia em que assinou a Carta de São Vicente, um marco na história ambiental do Brasil.
525 anos de ocupação e exploração
Antes de os portugueses chegarem ao Brasil, a Mata Atlântica se estendia por todo o litoral do País. Depois de mais de 525 anos de ocupação e exploração, ela mudou muito.
O verde deu lugar à cidade e, atualmente, o que resta são poucos fragmentos que chegam a cerca de 12 % do que havia da mata original. Hoje, a Mata Atlântica abrange 17 estados e é o lar de 72 % dos brasileiros.
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O bioma era uma faixa verde que ia do Rio Grande do Sul até o Ceará. Algumas espécies da flora, como o jequitibá-rosa (Cariniana legalis) e o pau-brasil (Paubrasilia echinata), eram árvores comuns no bioma, mas, após anos de exploração, tornaram-se cada vez mais raras.
A Mata Atlântica é uma das florestas mais degradadas do mundo. Hoje, mais de 70 % das áreas dessas floresta tropical nativa já foram desmatadas, de acordo com o Inpe.
Os motivos da exploração da mata vão desde os ciclos econômicos (de pau-brasil, cana-de-açúcar, ouro e café), expansão da ocupação urbana, construção de ferrovias e rodovias até expansão da agropecuária em áreas privadas.
O investimento em ações de restauração e conexão dos fragmentos remanescentes de Mata Atlântica são alternativas para aumentar a resiliência da floresta, e de suas árvores seculares, às mudanças climáticas.
A data é também um lembrete que a Mata Atlântica é um dos biomas mais degradados do mundo e que é mais do que necessário pensar e apoiar projetos de conservação e restauração para manter a floresta em pé.
Fonte: oeco.org.br



