
Quando a floresta perde seus animais, ela perde a capacidade de se regenerar. Chamamos esse processo de síndrome da floresta vazia. Isso afeta a água que bebemos, a produção de alimentos, o clima e a nossa qualidade de vida.
Síndrome da floresta vazia
A água que bebemos, o ar que respiramos, a produção de alimentos, o clima e a nossa qualidade de vida dependem da saúde das florestas. Quando as florestas perdem seus animais, elas perdem a capacidade de se regenerar.
Refaunar v. (2010) t.d. reintroduzir animais nativos extintos localmente com o objetivo de restaurar interações ecológicas e recompor ecossistemas. ETIM re + fauna + ar.
NA NATUREZA, CADA ESPÉCIE CUMPRE UMA FUNÇÃO DISTINTA. E NENHUMA SUBSTITUI A OUTRA.
Cutia-Vermelha (Dasyprocta leparina)

Esses pequenos roedores carregam grandes sementes e as enterram, estocando para consumo posterior. Parte é recuperada, mas parte é “esquecida” e germina, dando vida a novas árvores.
Bugio-Ruivo (Alouatta guariba)

Esses primatas de médio porte vivem no topo das árvores, onde consomem folhas, frutos e defecam sementes que ainda podem germinar durante os seus deslocamentos, ajudando a regeneração natural da floresta. Estavam extintos da cidade do Rio de Janeiro desde o séculos XIX.
Anta Brasileira (Tapirus terrestris)

Maior mamífero terrestre da América do Sul, é conhecida como “jardineira da floresta”. Com grandes áreas de deslocamento, dispersa sementes a longas distâncias e aumenta a diversidade de espécies e ambientes. Estava extinta no estado do Rio de Janeiro desde 1914.
Jabuti-Tinga (Chelonoidis denticulata)

Esses répteis consomem frutos caídos pelo chão da floresta e espalham as sementes. Ao se alimentarem, contribuem para a decomposição da matéria orgânica e a reciclagem de nutrientes no solo. A passagem pelo trato digestivo aumenta a chance de germinação.
Arara-Canindé (Ara ararauna)

Essas aves de bico potente manipulam e transportam frutos e sementes por longas distâncias. Ao se alimentarem e voarem, derrubam e descartam sementes em novos locais, ligando um trecho de mata ao outro e acelerando a regeneração da paisagem.
Projeto REFAUNA – Preenchendo com vida florestas vazias
Há 15 anos, o Refauna atua para converter esse quadro por meio da introdução de espécies-chave em áreas onde foram extintas, com o objetivo de restabelecer suas populações. Esse trabalho recoloca a natureza em funcionamento, com ciência e dados.
Desde 2010, cerca de 160 indivíduos de quatro espécies de vertebrados foram liberados em duas áreas: o Parque Nacional da Tijuca e a Reserva Ecológica de Guapiaçu. Antas, bugios, cutias e jabutis já voltaram às matas fluminenses.
Doe, apoie, compartilhe e faça parte dessa jornada. Juntos, vamos preencher as florestas vazias e garantir um futuro melhor para todos.
Fonte: @refauna